#31 - Não é medo, é preguiça.
Li alguns comentários (não leia, a regra é clara) sobre o caso da Juliana Marins, que morreu numa trilha de um vulcão na Indonésia. Um monte de especialista gente dizendo que ela não devia estar ali, que era perigoso, que “faltou juízo” etc. 
É como se o ditado mais certo do mundo estivesse errado: pra morrer basta estar vivo.
O que não falta nesse mundo é jeito de morrer. Tem gente que escorrega no banheiro, que engasga com um pedaço de carne, que viaja num submarino pra ver o Titanic do fundo do mar e, veja só, tem gente que MORRE DORMINDO. Acredita?
Eu, por outro lado, fico aqui. Em parte é medo sim, mas no geral é preguiça muita. Eu meto o tal do Vooou nada!
É preguiça de levantar cedo pra remar no mar. Preguiça de aguentar sol na cara. Preguiça de acampar (não me chame pra isso, pelamordedeus), preguiça de hostel com turistas jovens e felizes. Às vezes me escondo no conforto da minha casa, com minhas gatas, assistindo futebol na TV o dia todo num domingo. A aventura está lá fora sim, mas a minha é em casa.
Agora, querer que os outros levem esse mesmo estilo de vida? Aí já é demais. Deixem o povo ir no vulcão, voar de balão (só não faça como o padre) e mergulhar no fundo mais fundo do oceano. Eles só estão vivendo.
Enquanto eu sigo aqui, morrendo aos poucos… no sofá.
Bjs,
do seu amigo Téo Costela.
📂 No episódio anterior…




